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A abertura do Evangelho de João é uma das mais profundas declarações teológicas de toda a Bíblia. Em João 1:1, lemos: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Esta passagem revela verdades fundamentais sobre a natureza de Jesus Cristo, Sua divindade e Seu papel na criação e redenção da humanidade. A simplicidade das palavras esconde uma riqueza de significados que transformaram a compreensão da fé cristã. Neste artigo, vamos explorar o significado dessa poderosa declaração e suas implicações espirituais.
O Verbo: O Logos Eterno
A palavra “Verbo”, ou “Logos” no grego original, é central à compreensão do que João está dizendo. O Logos, no contexto filosófico e teológico da época, era entendido como a razão divina ou a palavra criativa de Deus, o princípio ativo através do qual o universo foi criado e sustentado. João utiliza esse conceito de Logos para descrever Jesus, revelando que Ele é a personificação dessa palavra criadora.
Ao dizer “No princípio era o Verbo”, João nos remete imediatamente ao início de tudo, ao momento da criação, ecoando as palavras de Gênesis 1:1: “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” Mas João vai além, revelando que Jesus, como o Verbo, existia antes de toda a criação, sendo Ele próprio eterno. O Verbo não é uma criação de Deus, mas existe desde a eternidade, mostrando que Jesus é coeterno com o Pai.
O Verbo Estava com Deus
A segunda parte de João 1:1, “e o Verbo estava com Deus”, revela a relação íntima e distinta entre o Pai e o Filho. Aqui, João nos ensina que o Verbo, embora um com Deus, também é distinto em sua pessoa. Essa distinção é a base para a doutrina da Trindade, onde Deus é um em essência, mas três em pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
O Verbo, ou Jesus, não era uma entidade separada ou inferior a Deus, mas estava “com Deus”, em perfeita comunhão com o Pai. A ideia de estar “com” Deus sugere uma coexistência harmoniosa e íntima, mostrando que Jesus, desde a eternidade, compartilhou da natureza divina e da glória de Deus. Essa unidade com o Pai seria algo que Jesus destacaria repetidamente em Seu ministério, especialmente em Suas orações e ensinamentos sobre Sua missão.
O Verbo Era Deus
A terceira afirmação de João 1:1 é talvez a mais direta e profunda: “e o Verbo era Deus.” Aqui, João não deixa margem para dúvida. O Verbo não era apenas um mensageiro divino ou um ser criado com poder especial; Ele era, de fato, Deus. Isso significa que todas as características da divindade — eternidade, onipotência, onisciência, e soberania — pertencem a Jesus, o Verbo.
Ao afirmar que “o Verbo era Deus”, João esclarece que Jesus compartilha da mesma essência do Pai. Isso refuta qualquer ideia de que Jesus seja apenas um profeta ou mestre humano, como alguns poderiam sugerir. Jesus é plenamente Deus, com o mesmo poder criador e autoridade divina, o que será demonstrado ao longo de Seu ministério, culminando em Sua ressurreição.
O Verbo e a Criação
Nos versículos seguintes de João 1, vemos o papel do Verbo na criação do mundo: “Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez” (João 1:3). Isso confirma que Jesus, o Verbo, não só existia antes da criação, mas que Ele foi o agente ativo na criação de todas as coisas. Tudo o que existe — o universo, a vida, a humanidade — foi criado através dEle.
Essa verdade destaca a autoridade suprema de Jesus sobre toda a criação. Ele não é apenas um salvador; Ele é o Criador. Ao afirmar que todas as coisas vieram a existir através dEle, João coloca Jesus no centro do propósito criativo de Deus. Jesus, o Verbo, é o fundamento sobre o qual tudo foi construído, e tudo foi criado para refletir Sua glória.
O Verbo e a Redenção
Além de Seu papel na criação, João nos apresenta o Verbo como aquele que traz vida e luz ao mundo. Ele diz: “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (João 1:4). Isso significa que, assim como Jesus deu início à criação, Ele também é a fonte da nova criação, da redenção e da restauração da humanidade.
O Verbo veio ao mundo, tornando-se carne (João 1:14), para redimir o que havia sido corrompido pelo pecado. A encarnação de Jesus, o Verbo que se fez homem, foi o ponto culminante do plano de Deus para salvar a humanidade. Jesus não apenas trouxe luz ao mundo com Seus ensinamentos, Ele é a própria luz, iluminando o caminho para a reconciliação com Deus.
O Verbo: Deus Conosco
A ideia de que o Verbo “era Deus” também nos revela uma verdade fundamental sobre a natureza de Deus: Ele se aproxima de nós. Jesus, o Verbo, não permaneceu distante, mas escolheu habitar entre nós, viver entre os seres humanos e, finalmente, morrer por nossos pecados. O Verbo se fez carne para que pudéssemos conhecê-lo e, por meio dEle, conhecer o Pai.
Jesus é a plena revelação de Deus à humanidade. Quando vemos Jesus, vemos Deus em ação, vemos Seu amor, Sua graça, e Sua verdade. Ele é Deus conosco, e através dEle, somos convidados a entrar em um relacionamento íntimo e pessoal com o Criador. O Verbo que era desde o princípio agora habita no meio de Seu povo, trazendo redenção e reconciliação.
Lição para o dia a dia
A declaração de João 1:1 — “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” — nos convida a reconhecer a supremacia de Jesus em todas as coisas. Ele é o eterno Verbo, o Criador, o Redentor e a revelação plena de Deus. Jesus, sendo Deus, veio para nos oferecer luz e vida, e devemos responder a essa verdade com fé e adoração. Como o Verbo eterno, Jesus continua a ser a luz que ilumina o caminho da humanidade, e através dEle encontramos nosso propósito e nossa esperança.
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